Meta anuncia nova geração de chips de IA personalizados

Por André Luiz Dias Gonçalves

10/04/2024 - 11:152 min de leitura

Meta anuncia nova geração de chips de IA personalizados

Fonte :  Meta/Divulgação 

Imagem de Meta anuncia nova geração de chips de IA personalizados no tecmundo

Ampliando os investimentos em infraestrutura de inteligência artificial, a Meta anunciou hoje (10) a nova geração de chips de IA personalizados para otimizar o processo de treinamento de modelos de linguagem. A versão atualizada apresenta “desempenho significativamente melhor” do que a antecessora, conforme comunicado.

Revelada em maio do ano passado, a plataforma Meta Training and Inference Accelerator (MTIA) foi projetada para aprimorar a eficiência computacional dos sistemas de IA da big tech. O processador também fornece apoio aos desenvolvedores para a criação de modelos que resultem em novas experiências nos serviços da companhia.

É possível que a nova geração do MTIA também seja adotada no treinamento de IA generativa.É possível que a nova geração do MTIA também seja adotada no treinamento de IA generativa.

Com a nova geração do MTIA, a empresa será capaz de realizar treinamentos de modelos de classificação e recomendação com maior rapidez, aumentando a eficiência e a inferência. O lançamento proporciona, ainda, o desejado equilíbrio entre computação, largura de banda de memória e capacidade de banda de memória.

Os novos chips MTIA da Meta devem ser voltados para data centers, assim como os anteriores, complementando a atual infraestrutura tecnológica do conglomerado. Além disso, eles foram projetados para se integrarem aos avanços futuros em GPUs, contribuindo para as próximas soluções em IA da dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads.

Desempenho três vezes maior

O chip MTIA de segunda geração tem 256 MB de memória on-chip trabalhando a 1,3 GHz, números superiores aos da versão original, que trazia 128 MB de memória e 800 GHz. Com as melhorias, ele alcançou desempenho três vezes maior do que o obtido com a primeira geração, nos testes iniciais conduzidos pela gigante da tecnologia.

Por enquanto, a plataforma é utilizada para o treino de algoritmos de classificação e recomendação, mas isso pode mudar em breve. A companhia planeja aumentar as capacidades do MTIA para o uso em soluções de IA generativa, passando a adotá-lo no treinamento dos modelos Llama.

Rumores indicam que a Meta também trabalha no desenvolvimento de outros chips de IA, como o projeto batizado de Artemis, que seria específico para as tarefas de inferência. Este mercado é atualmente dominado pela Nvidia, mas concorrentes de peso como Microsoft, Amazon e Google têm investido pesado no segmento.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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