Usuários do WeChat processam governo dos EUA por banimento

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

24/08/2020 - 06:001 min de leitura

Usuários do WeChat processam governo dos EUA por banimento

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Um grupo de usuários do aplicativo WeChat está processando governo dos Estados Unidos por uma ordem recentemente assinada pelo presidente Donald trump. A comunidade quer impedir a proibição da plataforma de fazer negócios no país, o que significa o banimento do serviço na região - mesma medida tomada contra a desenvolvedora chinesa ByteDance e a rede social TikTok.

Segundo o The Wall Street Journal, os responsáveis pela ação judicial argumentam que a proibição é inconstitucional e ameaça a liberdade de expressão. Afinal, o aplicativo é bastante usado pela comunidade chinesa que reside nos EUA, tanto para comunicação com quem está em outras regiões quanto em pagamentos, notícias e outros serviços. Eles nao são vinculados à empresa Tencent ou a qualquer outra organização.

O texto do processo defende que o WeChat "é o aplicativo primário que falantes de chinês nos EUA usam para participar da vida social ao conectarem-se com entes querids, compartilhar momentos especiais, debater ideias, receber notícias na hora e participar de discussões políticas (...) tornando-se essencial para a condução da vida diária dos seus usuários, muitos dos quais passam regularmente horas no aplicativo todos os dias".

E agora?

De acordo com um dos advogados que defende o grupo de usuários, a ação tem como objetivo final conseguir a suspensão da proibição. Entretanto, caso isso não seja possível, a ideia é forçar a administração de Trump a detalhar exatamente o que ela quer dizer com "banir as transações" envolvendo o WeChat.

O prazo do governo dos EUA para que a Tencent e a ByteDance negociem as divisões global ou regional dos seus aplicativos termina em setembro. Não há qualquer indicativo de que o WeChat será vendido e companhias norte-americanas já alertaram o governo para ele não ir adiante com a medida. No caso do TikTok, que tem diversas gigantes interessadas, incluindo Microsoft, Twitter e Oracle.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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