Snapchat toma medidas para banir comércio de droga no app

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

07/10/2021 - 04:301 min de leitura

Snapchat toma medidas para banir comércio de droga no app

Fonte :  Snap 

Imagem de Snapchat toma medidas para banir comércio de droga no app no tecmundo

O Snapchat começou a implementar medidas de segurança para impedir a comercialização de fentanil dentro do ambiente da plataforma. A mudança ocorre após uma investigação sobre o uso do app para distribuir drogas.

O remédio é bastante utilizado para alívio de dores fortes, acompanhamento de anestesia e em pós-operatório, mas foi transformado em opioide especialmente nos Estados Unidos. Ao ser consumida sem acompanhamento médico, a droga pode causar morte por envenenamento ou overdose — situação já conhecida há alguns anos pelas autoridades do país.

As mudanças do Snap

A partir de agora, quem procurar o termo na plataforma será direcionado a uma série de avisos sobre os riscos do consumo do medicamento, inclusive dados de órgãos públicos do país. Para o caso de pesquisas feitas por adolescentes, os pais podem ser alertados para tomarem alguma ação preventiva.

Além disso, a companhia vai reforçar o banimento a pessoas que oferecem fentanil na plataforma, uma prática que se tornou bastante comum na rede. Para mascarar a comercialização e tornar legalizada a compra, a receita é muitas vezes disfarçada de outros remédios contra dores, como o Vicodin.

Algumas telas da campanha de prevenção contra o tráfico de fentanil no app.Algumas telas da campanha de prevenção contra o tráfico de fentanil no app.

As novas medidas foram implementadas após uma reportagem da NBC News que escancarou o problema. Segundo a matéria, já são vários os casos de adolescentes que tiveram problemas de saúde graves ou morreram após utilizar o fentanil como droga recreativa. 

Em todos os casos, foi possível comprá-la ao se comunicar com o fornecedor no Snapchat sem maiores problemas. Segundo a empresa, desde o primeiro semestre de 2021 ela tem tomado ações mais enérgicas ao reduzir o alcance de postagens sobre o tema e eliminando 260% mais publicações do que em períodos anteriores.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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