Twitter adia lançamento de assinatura para perfis verificados

A nova assinatura do Twitter Blue, que agora inclui o selo de verificação de perfil, teve o lançamento adiado, conforme noticiou o The New York Times no domingo (6). A decisão foi motivada pelas eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, que ocorrem na terça-feira (8).

Usuários e funcionários da rede social se mostraram preocupados com a possibilidade de que pessoas interessadas em tumultuar o pleito utilizassem o serviço para criar contas verificadas falsas. Alguém poderia gerar um perfil se passando pelo presidente dos EUA, Joe Biden, por exemplo.

Também foi citado o uso do recurso para a criação de contas falsas de legisladores e agências de notícias para a disseminação de fake news eleitorais no microblog. De acordo com o relatório ao qual a publicação teve acesso, isso poderia causar “interferência nas eleições”.

Interessados no selo de verificado do Twitter, como o do perfil de Musk, terão que pagar.

Os eleitores estadunidenses vão às urnas para definir a renovação de todos os 435 deputados que compõem a Câmara, bem como 35 dos 100 senadores. A votação é considerada essencial para que Biden obtenha a maioria do Congresso no restante do seu mandato.

Nova data de estreia

A nova modalidade de assinatura do Twitter com selo de verificado chegou a aparecer em uma atualização do app para iOS no sábado (5). Porém, as preocupações relacionadas à disseminação de notícias falsas sobre o pleito fizeram a empresa mudar de ideia.

Um profissional envolvido no projeto afirmou que a funcionalidade deve ser lançada após as eleições, na quarta-feira (9). O novo Twitter Blue chegará primeiro aos EUA, custando US$ 8 por mês, enquanto no Brasil a assinatura será de R$ 25,90 mensais.

Em relação ao uso indevido do serviço de pagamento para obter um perfil verificado no Twitter, Elon Musk disse que os usuários flagrados no envolvimento com a falsificação de identidade serão suspensos permanentemente da rede social.