Turquia restringe redes sociais após atentado em Istambul
Por Felipe Vidal
14/11/2022 - 07:00•1 min de leitura
Imagem de Turquia restringe redes sociais após atentado em Istambul no tecmundo
No último domingo (13), uma bomba explodiu em uma movimentada área de Istambul, capital da Turquia, deixando mortos e dezenas de feridos. Agora, redes sociais como Facebook, Instagram, Telegram e YouTube começaram a ser restringidas pelo governo turco.
Logo após o incidente, serviços de redes sociais começaram a ser desligados no país, seguindo um protocolo adotado pelo Conselho Supremo da Televisão e Rádio da Turquia. O motivo seria a propagação de notícias falsas a respeito do acontecimento.
De acordo com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o ataque deve ser considerado um atentado terrorista e os culpados serão "punidos", exclamou em um pronunciamento após a tragédia. A explosão aconteceu às 16h20 no horário local, na praça Taksim, deixando seis mortos e 81 feridos. Nenhum grupo manifestou a autoria do ataque.
Breaking: Bomb attack on Istanbul’s istiklal street. Video captures moment of terror pic.twitter.com/yS79Sa6NmC
— Borzou Daragahi ???? (@borzou) November 13, 2022
Pouco tempo depois, o Provedor de Serviços de Internet da Turquia começou a oscilar o acesso para redes sociais, como o Instagram e o Facebook. Segundo fontes do site BleepingComputer, os cidadãos turcos não conseguiam acessar a maioria dos serviços de comunicação, com exceção do WhatsApp.
Serviços estão sendo normalizados
A ONG NetBlocks confirmou posteriormente que uma ampla restrição de acesso havia acometido o país, mas que os serviços já estavam sendo normalizados na manhã desta segunda-feira (14).
O corte nas redes sociais é consequência das políticas de Erdogan, que recentemente propôs uma lei de desinformação, que penaliza usuários de redes sociais e jornalistas por espalhar fake news para "criar medo e perturbar a ordem pública". A pena para quem desobedecer a lei é de até três anos de prisão.
A implementação da lei foi amplamente criticada, e segundo o jornalista exilado Sevgi Akarcesme, "Com essa nova lei, o objetivo é controlar as redes sociais porque a mídia convencional já está sob o controle de Erdogan", disse em entrevista a CNBC.