Samsung vai limitar recargas para evitar novas explosões do Galaxy Note 7

Por Felipe Gugelmin Valente

14/09/2016 - 04:422 min de leitura

Samsung vai limitar recargas para evitar novas explosões do Galaxy Note 7

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Enquanto a Samsung não consegue substituir todos os Galaxy Note 7 problemáticos já vendidos, a companhia encontrou uma solução de software para evitar que outras unidades do aparelho venham a explodir. Em uma decisão que deve se mostrar controversa, a companhia vai lançar uma atualização que limita recargas a somente 60% da capacidade máxima da bateria do smartphone.

“É uma medida para colocar a segurança do consumidores em primeiro lugar e nos desculpamos pelos inconvenientes que isso causa”, afirma um anúncio publicado pela fabricante no jornal sul-coreano Seoul Shunmun. A promessa é que a atualização seja disponibilizada no país oriental a partir do dia 20 de setembro.

Até o momento não está claro se a atualização vai ter caráter opcional ou se ela vai ser algo obrigatório a todos os donos do Galaxy Note 7. Segundo a Yonhap News, a fabricante já está em contato com operadoras em nível global para assegurar a distribuição em massa do novo software.

Novas baterias não vão ser produzidas pela Samsung

Entre os principais motivos para as explosões do Galaxy Note 7 relatadas até o momento está um defeito no processo de fabricação usado pela Samsung SDI, que fornece 70% das baterias para os aparelhos. Os 30% restantes são feitos pela Amperex Technology Limited (ATL), que fornece peças para o mercado chinês — que, até o momento, não relatou qualquer problema do tipo.

undefinedAs baterias produzidas pela ATL não apresentaram nenhum problema até o momento

Embora a informação não tenha sido confirmada pela Samsung, tudo indica que as baterias das novas unidades do smartphone vão passar a ser responsabilidade quase exclusiva da ATL. Ao menos no momento atual, essa parece ser a solução encontrada pela fabricante para assegurar a produção estável do aparelho, cujo recall deve custar mais de US$ 1 bilhão.

A expectativa é que a situação deve permanecer a mesma “por um a dois trimestres comerciais” e que isso não deve gerar qualquer espécie de restrição de demanda. No momento, ainda não está claro se a Samsung SDI deve voltar a se envolver no processo em algum momento futuro ou se ele vai se manter nas mãos da ATL durante o resto do tempo de vida do Galaxy Note 7.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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