Acer é hackeada duas vezes em menos de uma semana

Por André Luiz Dias Gonçalves

19/10/2021 - 13:001 min de leitura

Acer é hackeada duas vezes em menos de uma semana

Fonte :  Pexels 

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Menos de uma semana após ter sido vítima de um ataque cibernético em larga escala, a Acer foi invadida novamente pelo mesmo grupo que realizou a campanha anterior. A confirmação foi dada pela empresa taiwanesa ao BleepingComputer nessa segunda-feira (18).

Na última semana, o grupo "Desorden" disse a jornalistas que havia invadido os servidores da Acer na Índia, roubando dados de funcionários, clientes e informações corporativas. Em seguida, a fabricante de PCs confirmou a violação, mas disse se tratar de um "ataque isolado", afetando apenas seu serviço de pós-venda.

Para provar que ela continuava vulnerável, os cibercriminosos realizaram um novo ataque, na última sexta-feira (15), tendo como alvo os servidores da companhia em Taiwan. De acordo com a publicação, o grupo compartilhou imagens de uma página interna da companhia, mostrando credenciais de acesso de funcionários e outros arquivos.

Os dados roubados no primeiro ataque podem abranger milhões de clientes da marca.Os dados roubados no primeiro ataque podem abranger milhões de clientes da marca.

"Não pedimos um pagamento separado pela violação em Taiwan. O objetivo era provar nosso ponto de vista de que a Acer negligenciou sua segurança cibernética", escreveram os representantes do Desorden, em mensagem enviada ao site, justificando o segundo ciberataque.

Histórico de violações

Além das duas invasões ocorridas nos últimos dias, a gigante da tecnologia já havia sofrido outro ataque cibernético este ano. Em março, o grupo de ransomware REvil criptografou arquivos da Acer e exigiu um resgate de US$ 50 milhões em criptomoedas para devolver o acesso à rede.

Em relação às duas campanhas recentes, a empresa disse ter iniciado protocolos de segurança imediatamente e realizado uma varredura no sistema. Ela também alertou os clientes cujos dados podem ter sido comprometidos e relatou os casos às autoridades.

Outra informação divulgada é que os servidores afetados foram desligados após as violações. No entanto, o grupo responsável pelas campanhas afirmou que os sistemas da marca na Malásia e na Indonésia ainda continuam vulneráveis.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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