Autoridade britânica defende criptografia no Facebook e Instagram

Por André Luiz Dias Gonçalves

23/01/2022 - 09:301 min de leitura

Autoridade britânica defende criptografia no Facebook e Instagram

Fonte :  Pixabay 

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O debate sobre a utilização da criptografia de ponta a ponta em todos os apps do Facebook segue quente no Reino Unido. Na sexta-feira (21), foi a vez de a autoridade britânica de proteção de dados (ICO) intervir na discussão, se mostrando favorável ao uso da tecnologia.

Recentemente, um grupo de ativistas de segurança infantil, apoiado por instituições de caridade e sobreviventes de abusos, lançou uma campanha contrária aos planos da empresa de Mark Zuckerberg de fortalecer a criptografia em todas as suas plataformas, querendo impedir a sua implantação. As manifestações também receberam a aprovação do governo do país.

Mas, de acordo com o órgão independente, que supervisiona a proteção dos dados dos cidadãos britânicos, impedir a tecnologia coloca todos em risco, inclusive as crianças. Para a autoridade, a criptografia de ponta a ponta fortalece a segurança online e reduz as exposições a ameaças, além de permitir o compartilhamento seguro de informações.

As mensagens criptografadas estão presentes no WhatsApp, impedindo o acesso de terceiros.As mensagens criptografadas estão presentes no WhatsApp, impedindo o acesso de terceiros.

“Isso fortalece a segurança online das crianças ao não permitir que criminosos e abusadores enviem conteúdo prejudicial ou acessem suas fotos ou localização”, disse o diretor executivo do ICO Stephen Bonner. Ele se refere à ferramenta já presente no WhatsApp e que deve chegar ao Instagram e ao Facebook a partir de 2023.

Argumentos contrários à tecnologia

Fortalecer a privacidade, garantindo maior sigilo para os participantes de uma conversa, é o maior benefício da criptografia de ponta a ponta. Com ela ativada, apenas os participantes do chat têm acesso às mensagens, que não podem ser lidas pela plataforma na qual o bate-papo acontece.

Conforme os grupos contrários à ativação do recurso no Facebook Messenger, principalmente, a ferramenta permitirá ocultar uma enorme quantidade de casos de abuso sexual infantil no serviço de mensagens. A campanha, denominada “No Place to Hide”, pede um debate mais amplo antes de criptografar as redes sociais.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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