Alemanha pede que cidadãos não usem antivírus russo Kaspersky

Por JORGE MARIN

16/03/2022 - 13:001 min de leitura

Alemanha pede que cidadãos não usem antivírus russo Kaspersky

Fonte :  Kaspersky 

Imagem de Alemanha pede que cidadãos não usem antivírus russo Kaspersky no tecmundo

A agência de segurança cibernética da Alemanha (BSI) fez um alerta na terça-feira (15) para os usuários do popular software antivírus Kaspersky, desenvolvido por uma empresa com sede em Moscou. Segundo o órgão regulador alemão, funcionários da empresa tecnológica russa poderiam ser “coagidos” a realizar ataques hacker ou mesmo espionar alvos do governo de Moscou.

Na verdade, o BSI não detectou nenhum tipo de problema com os produtos da Kaspersy, mas apenas pressupôs que a invasão da Ucrânia pela Rússia e as ameaças feitas por Putin à União Europeia, à Otan e à própria Alemanha trazem consigo um risco de ataques hackers. O comunicado do BSI afirma que "um fabricante russo de TI pode realizar operações ofensivas por si mesmo", e recomenda a substituição do software por opções alternativas.

Eugene Kaspersky, fundador e CEO da empresa. (Fonte: Kaspersky/Reprodução.)Eugene Kaspersky, fundador e CEO da empresa. (Fonte: Kaspersky/Reprodução.)

O que disse a Kaspersky?

Afirmando acreditar que a decisão da agência oficial alemã “não se baseia em uma avaliação técnica dos produtos”, a Kaspersky emitiu ontem mesmo (15) uma declaração em que afirma que a nota do BSI tem motivações políticas. A empresa de cibersegurança afirmou que estava em contato com a autoridade alemã para esclarecer o assunto.

Por ser “uma empresa privada global de segurança cibernética”, diz o comunicado, a Kaspersky “não tem vínculos com o governo russo ou qualquer outro governo”. Além disso, a infraestrutura de processamento de dados da companhia foi transferida para a Suíça em 2018. Isso significa que “arquivos maliciosos e suspeitos compartilhados voluntariamente por usuários de produtos Kaspersky na Alemanha são processados em dois data centers em Zurique”.

Finalmente, quanto à questão do conflito na Ucrânia, a empresa reitera sua crença de que o único instrumento possível para a resolução de conflitos é o diálogo pacífico. E conclui: "A guerra não é boa para ninguém".


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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