Raspberry Robin: novo malware misterioso infecta PCs via pendrive

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

07/05/2022 - 04:311 min de leitura

Raspberry Robin: novo malware misterioso infecta PCs via pendrive

Fonte :  Red Canary 

Imagem de Raspberry Robin: novo malware misterioso infecta PCs via pendrive no tecmundo

A empresa de segurança digital Red Canary detectou um novo conjunto de cibercrimes que ainda não teve todos os detalhes descobertos, mas pode ser uma grande ameaça para empresas.

Trata-se do Raspberry Robin, um conjunto de atividades que começa com um método curioso de infecção: um pendrive que deve ser inserido em entradas USB de computadores. Até agora, diversas empresas do ramo de tecnologia e indústria já teriam sido alvo, mas nenhuma sofreu danos do ataque.

Quando o pendrive é inserido no aparelho, o worm se disfarça de um atalho de extensão LNK para fugir de plataformas de segurança digital. 

O início da infecção, com a execução de arquivos disfarçados.O início da infecção, com a execução de arquivos disfarçados.

Ao ser conectado, ele começa a executar os códigos, tudo a partir do prompt de comando do PC (cmd.exe). Ele ainda usa o executável da própria Microsoft para instalar produtos (Msiexec.exe) para tentar estabelecer uma comunicação enterna com domínios possivelmente danosos, inclusive usando redes do navegador anônimo Tor.

Além disso, há a instalação de um arquivo DLL no sistema que, ao que tudo indica, é uma das etapas de persistência da invasão no sistema.

Mistérios

O problema? Depois de todas essas etapas, a atuação do Raspberry Robin segue um mistério. Os especialistas não encontraram exatamente o que esse malware faz nos PCs infectados ou se ele ainda está dormente aguardando comandos específicos que podem levar ao roubo de dados, gerenciamento remoto ou comprometimento do sistema.

A Red Canary ainda não descobriu também como de fato a infecção acontece — se é uma atividade interna ou alguma pessoa mal intencionada que ganha acesso aos computadores das vítimas, por exemplo. Atividades assim já são registradas desde setembro de 2021 e o relatório completo da atuação do cibercrime pode ser visto neste link (em inglês).


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


Veja também