Polícia derruba rede de TV pirata com 500 mil usuários

Por JORGE MARIN

17/11/2022 - 06:301 min de leitura

Polícia derruba rede de TV pirata com 500 mil usuários

Fonte :  Shutterstock 

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A Polícia Nacional da Espanha desmantelou na quarta-feira (16) uma rede de TV pirata que usava vários sites na Europa para anunciar, promover e distribuir serviços de streaming por assinatura, listando acesso ilimitado a inúmeros canais de diversas plataformas. Com base na cidade de Málaga, os conteúdos ilegais eram distribuídos a vários países do continente.

Em nota à imprensa, a polícia espanhola informou que “os lucros obtidos, que chegavam à casa dos € 3 milhões anuais [R$ 17 milhões], eram lavados pela organização, adquirindo bens móveis e imóveis na província de Málaga e desviando fundos através de empresas espanholas para contas bancárias localizadas em paraísos fiscais”.

Diversos revendedores compravam os pacotes de assinatura dos operadores da organização criminosa e os revendiam posteriormente a milhares de pessoas em seus países locais, obtendo lucros com as diferenças dos preços das plataformas oficiais.

Como a polícia espanhola descobriu a TV pirata?

Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock/Reprodução.

Embora viesse operando desde 2012, a rede de streaming pirata só começou a ser efetivamente investigada em 2020, após uma reclamação formal apresentada pela Alliance for Creativity (ACE), uma coalização de proteção à propriedade intelectual que fechou, no início deste mês, 42 sites piratas que transmitiam ilegalmente jogos de futebol para milhões de usuários na Argentina. 

Durante as operações de busca nas instalações ocupadas pelos suspeitos, foram encontrados dez painéis de administração conectados a 32 servidores de streaming em países que hospedavam o conteúdo pirateado, como França, Espanha e Holanda. A polícia desligou imediatamente esses painéis e apreendeu equipamento de informática, € 2,8 mil em dinheiro, além de veículos avaliados em € 180 mil. 

A operação terminou com a detenção de quatro suspeitos, mas as autoridades continuam investigando mais envolvidos com a organização em outros países do continente europeu.  


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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