Brecha no Microsoft Edge permitia instalar extensões maliciosas sem permissão

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

28/03/2024 - 06:451 min de leitura

Brecha no Microsoft Edge permitia instalar extensões maliciosas sem permissão

Fonte :  Guardio Labs 

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A empresa de segurança digital Guardio Labs detectou uma vulnerabilidade no Microsoft Edge para desktop. Se explorada, ela podia levar à instalação de extensões mal intencionadas no seu computador.

A falha conseguia embutir no navegador da Microsoft ferramentas de mineração ou sequestro de criptomoedas, rastreadores de dados ou até programas que roubam credenciais de acesso, incluindo logins e senhas.

Chamada de CVE-2024–21388, a brecha foi comunicada à Microsoft em novembro de 2023, logo que o Guardio Labs descobriu o caso. Em fevereiro do ano seguinte, uma correção foi enviada ao navegador para impedir que essa vulnerabilidade fosse explorada por criminosos.

A brecha no Microsoft Edge

A instalação de extensões fraudulentas se aproveitava de um bug na garantia de privilégios para desenvolvedores. Ela explorava uma limitação na própria infraestrutura do Edge, que desde 2020 roda a partir do motor Chromium da Google.

O caminho da infecção até entrar sorrateiramente no seu navegador.O caminho da infecção até entrar sorrateiramente no seu navegador.

A partir de uma API customizada e privada mais usada em marketing e instalação de temas para o Edge, criminosos poderiam disfarçar extensões criminosas de programas bem intencionados. Dessa forma, eles se tornam capazes de burlar mecanismos de segurança do programa e até não exigir a autorização do usuário para a instalação.

A infecção acontecia em sites com privilégios no navegador, como o buscador Bing. Ou seja, nem seria necessário baixar uma extensão pela loja do navegador.

De acordo com o pesquisador que encontrou a falha, não foram registrados usos criminosos da brecha até que ela fosse sanada pela empresa — possivelmente porque ela envolvia um alto grau de conhecimento prévio e ações complexas para ser encontrada e explorada. A partir de agora os riscos diminuem, caso o usuário tenha o navegador devidamente atualizado.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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