EUA e Reino Unido querem acesso a mensagens de apps como WhatsApp

Por Ramalho Lima

07/10/2019 - 03:001 min de leitura

EUA e Reino Unido querem acesso a mensagens de apps como WhatsApp

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Imagem de EUA e Reino Unido querem acesso a mensagens de apps como WhatsApp no tecmundo

Os governos dos EUA, Reino Unido e Austrália estão solicitando ao Facebook que adie sua decisão de implementar a criptografia ponto-a-ponto do tipo E2EE em todos os seus aplicativos de mensagens instantâneas, tais como WhatsApp e Messenger. De acordo com as autoridades, a solução de segurança e privacidade adotada pela companhia atrapalha a ação da justiça em casos investigados, uma vez que torna impossível o acesso às mensagens trocadas nessas plataformas.

E2EE dificulta acesso até o próprio Facebook

Os três países fizeram um acordo (chamado de CLOUD Act) conjunto para o compartilhamento de dados, que visa facilitar a troca de informações de empresas de tecnologia para que a polícia consiga interceptar ações criminosas.

A carta enviada à companhia explica que a segurança de plataformas virtuais não deve deixar os cidadãos mais propensos a riscos no mundo físico.

Especialistas dizem que se os planos do Facebook de padronizar a criptografia E2EE nos apps de mensagens se concretizarem, nem a própria empresa terá acesso ao conteúdo considerado criminoso, impactando seus esforços de monitoramento e moderação no uso da plataforma.

Fonte: Segurança Tecnologia/Reprodução

Impasse é conhecido como “Going Dark”

A criptografia do Facebook, que visa proteger a segurança e privacidade de seus usuários, mas, ao mesmo tempo, pode colocá-los em risco, minimizando o poder de investigação por parte dos agentes da lei, cria uma dicotomia conhecida pelo nome “Going Dark” (indo ao sombrio, em português).

O termo é utilizado nos casos em que a justiça faz solicitações de acesso a um conteúdo considerado privado e, portanto, protegido pela segurança digital.

Embora a empresa reconheça que seus métodos de segurança virtual possam dificultar a ação da justiça, além de sua própria capacidade de combater conteúdo criminoso, ofensivo e ilegal, ela afirma que não pretende recuar, mas deve adotar novas estratégias de prevenção, sempre na tentativa de proteger a privacidade de seus usuários.


Por Ramalho Lima

Especialista em Redator

Fã de tecnologia desde criança. Ex-early adopter (tá bom, de vez em quando ainda acontece). Curto música, Android e Linux. Um bom aspirador robô pode mudar sua vida.


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