Programa gera deepfakes ao vivo durante videoconferências no Zoom

Por André Luiz Dias Gonçalves

21/04/2020 - 14:002 min de leitura

Programa gera deepfakes ao vivo durante videoconferências no Zoom

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Um novo programa de código aberto promete deixar as videoconferências no Zoom mais divertidas no período de quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus, ao gerar deepfakes em tempo real durante as reuniões online. Trata-se do Avatarify, que é capaz de substituir o rosto de uma pessoa sem precisar de treinamento do algoritmo.

Criado pelo programador Ali Aliev, o software captura uma imagem estática do alvo, que pode ser qualquer pessoa, e dá a ela movimentos próprios, criando imagens de vídeo daquele rosto para corresponder aos seus gestos faciais. Tudo isso é feito ao vivo, enquanto acontece o bate-papo no app de videoconferências — ele também funciona no Skype.

Para mostrar o Avatarify em ação, Aliev postou um vídeo no YouTube em que ele aparece em uma reunião no Zoom quando a chamada é invadida por ninguém menos que Elon Musk — ou uma versão deepfake do CEO da Tesla. Os movimentos da figura falsa não são tão realistas, mas podem ser o suficiente para enganar alguém. Veja abaixo:

Em outro vídeo, no qual o desenvolvedor mostra como se dá a captura dos movimentos pela webcam e a gravação dos áudios para usar nas deepfakes, ele usou a ferramenta para criar vídeos falsos com imagens de Albert Einstein, Barack Obama e o rapper Eminem. Até o co-fundador da Apple Steve Jobs e a Mona Lisa apareceram na brincadeira.

Requisitos para funcionar

O código-fonte do Avatarify está disponível no GitHub para qualquer pessoa interessada em usá-lo. Porém, ele não é um programa pronto para funcionar, precisando de outras ferramentas, como um software de streaming, além de conhecimentos técnicos. 

Os requisitos incluem ainda um PC com configuração poderosa, como as encontradas nos melhores computadores gamers, mas segundo Aliev, não deve demorar para que o programa seja otimizado para rodar em máquinas mais simples. 

Em entrevista ao Motherboard, ele disse não estar preocupado com o uso malicioso do Avatarify, devido à facilidade de detecção de deepfakes.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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