Inteligência artificial recria voz de cantor morto há 25 anos

Por Carlos Palmeira

17/02/2021 - 03:001 min de leitura

Inteligência artificial recria voz de cantor morto há 25 anos

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Imagem de Programa de TV sul-coreano recria voz de cantor morto há 25 anos no tecmundo

Um programa de TV sul-coreano utilizou um software de inteligência artificial para recriar a voz de um cantor que morreu há 25 anos. O programa aprendeu detalhes sobre o timbre do artista e reproduziu no palco uma canção que nunca foi gravada por ele.

O desafio no mínimo curioso foi realizado pelo programa “Competition of the Century: AI vs Human”. O músico que teve a voz refeita foi Kim Kwang-seok, que fez muito sucesso no país asiático na década de 90.

Kim cantava músicas melancólicas e morreu em 1996 após se suicidar. Por causa da popularidade que ele tinha na Coreia do Sul, muitos de seus fãs chegaram a criar teorias conspiratórias de que ele teria sido assassinado. Dentre os grandes sucessos do cantor estão "Song of My Life" e "In the Wilderness”.

Kim Kwang-seokO artista nasceu em Daegu e na região há várias homenagens a ele, incluindo uma estátua

Recriação da voz

A emissora de televisão SBS foi a responsável por toda a produção da história e para recriar a voz de Kim Kwang-seok ela contratou a startup Supertone. O software utilizado se chama Singing Voice Synthesis (SVS).

Cerca de 20 músicas de Kim foram aprendidas pela inteligência artificial. "Ficamos muito surpresos de ouvir que a AI canta melhor após aquecer a voz", disse Kim Min-Ji, produtora do programa de TV.

Além da técnica e timbre da voz, o programa analisou também traços de emoção humana no canto e em falas. Veja, abaixo, o resultado da recriação da voz do cantor falecido.

De acordo com os produtores do Competition of the Century: AI vs Human, a família de Kim Kwang-seok recebeu bem a ação e considerou que o resultado foi como se ele tivesse “voltado à vida”.


Por Carlos Palmeira

Especialista em Redator

Paulistano, corintiano e pedestre desde 1993. Jornalista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, escrevo sobre games, tecnologia, ciência e cultura pop. Fã de Red Hot Chili Peppers e apaixonado por maracujá, pão de queijo e rap.


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