Meta desiste de sistema operacional VR/AR e dissolve equipe

A Meta, dona do Facebook, teria encerrado a ideia de desenvolver um sistema operacional próprio para dispositivos de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR). A informação é do site The Information.

Segundo a reportagem, uma equipe com cerca de 300 funcionários foi dissolvida, com os engenheiros e desenvolvedores transferidos para outros setores. 

O objetivo seria "acelerar o desenvolvimento de soluções que estão afinadas com cada linha de produto (...) adicionando mais engenheiros de sistema operacional diretamente nas equipes de VR e AR" — ou seja, reduzir a quantidade de projetos paralelos para focar em algumas prioridades.

Dividir para conquistar

Rumores sobre o cancelamento começaram a circular em janeiro de 2022, mas foram inicialmente negados pela companhia. Engenheiros teriam sido enviados para trabalhar nos óculos inteligentes, nos headsets Quest e até nos acessórios que rastreiam movimentos dos olhos e das mãos, mas a restruturação ainda não foi detalhada.

O Project Cambria, um dos projetos VR em desenvolvimento.

A ideia da empresa de ter um sistema operacional para headsets vem de 2017, quando a divisão ainda era chamada de Oculus. 

A plataforma era chamada de XROS e o objetivo do seu desenvolvimento era reduzir a dependência de serviços terceirizados — no caso, uma versão modificada do Android, da Google, que deve continuar como a opção favorita da companhia a partir de agora.

O que diz a Meta

Em um comunicado enviado ao site The Verge, a porta-voz da Meta, Sheeva Slovan, praticamente confirmou a reportagem ao explicar o que aconteceu. Ela afirma que a empresa está "sempre evoluindo a estrutura das equipes para ajudar a trazer ótimos produtos rapidamente ao mercado".

"Como dissemos antes, há várias direções técnicas que estamos perseguindo para construir isso e nós permanecemos comprometidos para construir sistemas altamente especializados. Continuamos investindo e otimizando para nos mover mais rápido, para que possamos entregar na medida em que colocamos metas agressivas", diz a nota.