Brasil cai para a 22ª colocação entre os países que mais geram spam

Por Felipe Gugelmin Valente

16/04/2014 - 06:552 min de leitura

Brasil cai para a 22ª colocação entre os países que mais geram spam

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Imagem de Brasil cai para a 22ª colocação entre os países que mais geram spam no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/Cyberpunk Review)

O ranking de segurança digital anual desenvolvido pela Symantec mostra que o Brasil melhorou consideravelmente sua posição, embora ainda tenha muito a trabalhar nessa área. Segundo a empresa, em 2013 o Brasil caiu para a 22ª colocação entre os países que mais geram mensagens de email indesejadas, conhecida popularmente como spams.

Com a mudança, passamos a ser responsáveis pela geração de somente 1,2% dos ataques que se aproveitam desse método para realizar ataques ou golpes. A situação contribuiu para melhorar a colocação do Brasil na lista dos locais mais afetados por ataques cibernéticos: em vez de em quarto lugar, a nação agora aparece na oitava posição.

Segundo André Carraretto, especialista em segurança da Symantec, a diminuição no número de ataques se deve em grande parte à decisão do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) de fechar a porta 25, muito utilizada por gerenciadores de email para estabelecer a comunicação com servidores. Ao contrário da porta 587, usada de forma semelhante, a solução não verificava logins e senhas de usuários antes de disparar mensagens, o que contribuía para torná-la insegura.

A decisão também contribuiu para diminuir a atividade de botnets destinadas ao envio de propagandas não solicitadas a partir de computadores infectados. “Quando ela [a porta] fechou, essas redes simplesmente pararam de enviar os spams”, explica Carraretto.

Aumento das ameaças em âmbito global

Apesar do resultado positivo para nosso país, a internet em geral testemunhou um aumento de 23% no número de golpes realizados na comparação de 2013 com 2012. Entre as regiões que mais contribuíram para o resultado estão Estados Unidos, China, Índia e Rússia e o próprio Brasil.

Segundo Carraretto, a mudança no ranking nacional se refere apenas à hospedagem de ataques, e o Brasil segue como um dos principais pontos de golpes que tentam “pescar” dados sensíveis. Os principais alvos de esquemas do tipo são empresas de manufatura (31,64% dos ataques) e a área da construção (25,12%), que se preocupam menos em investimentos em segurança do que instituições financeiras ou organizações que estão acostumadas a trabalhar diretamente com dados considerados sensíveis.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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