Arquitetura ARM pode ser usada para montar o supercomputador mais econômico do mundo

Por Felipe Gugelmin Valente

03/04/2012 - 06:562 min de leitura

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Imagem de Arquitetura ARM pode ser usada para montar o supercomputador mais econômico do mundo no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

O Centro de Supercomputadores de Barcelona está trabalhando no desenvolvimento de uma supermáquina capaz de entrar para a lista dos equipamentos mais amigáveis ao meio-ambiente do mundo. Porém, se depender do gerente Alex Ramirez, o dispositivo também deve contar com um dos hardwares mais eficientes já vistos na história.

O projeto, batizado como Mont-Blanc, vai usar o mesmo tipo de chip encontrado em aparelhos como smartphones e tablets. O supercomputador vai começar a ser construído em maio, usando como base o processador Tegra 3 da NVIDIA, responsável por estabelecer a comunicação entre as diferentes partes do sistema — os cálculos e fórmulas matemáticas serão computados por uma GPU ainda não determinada com múltiplos núcleos, semelhante à GeForce 520MX.

Ao investir em hardwares desenvolvidos para portáteis, a equipe garante que o produto final vai consumir quantidades de energia relativamente baixas. Enquanto um Tegra 3 opera com somente 4 watts, um CPU Intel Xeon consome nada menos que 50 watts para realizar suas atividades.

Problemas com software

O problema dessa opção é que muitos softwares vão ter que ser reescritos para se adaptar às características dos chips desenvolvidos para uso em portáteis. Para facilitar esse processo, a NVIDIA liberou um kit de desenvolvimento que tem como objetivo facilitar a criação de aplicativos voltados para a plataforma.

O que deve tornar o Mont-Blanc realmente interessante é o fato de que o sucessor do Tegra 3 deve ser lançado muito em breve. O novo produto, baseado no design do Cortex A15 da ARM Holdings, pode ajudar a aumentar imediatamente a velocidade do supercomputador, quadruplicando sua capacidade de cálculo sem que haja um aumento no consumo de energia.

O grande desafio enfrentado pela equipe para tornar isso possível vai ser conseguir adaptar os softwares de que dependem a uma nova arquitetura cuja eficiência ainda não foi comprovada. Segundo Ramirez, o objetivo é finalizar o projeto em um prazo máximo de 5 anos — caso suas ambições sejam correspondidas, o supercomputador não só pode se tornar o mais econômico do mundo, mas também deve conquistar facilmente um lugar entre os mais velozes da categoria.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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