É preciso saber mostrar os benefícios do 4K, afirma Scott Housley

Por Felipe Gugelmin Valente

10/09/2013 - 07:413 min de leitura

É preciso saber mostrar os benefícios do 4K, afirma Scott Housley

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Scott Housley (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Entre o hands-on do Xperia Z1 e visitas a stands exibindo televisores com resolução Ultra HD na IFA 2013, tivemos a oportunidade de conversar com Scott Housley, Chefe Global de Estratégia de Produto da TP Vision (joint venture responsável pelas televisões com a marca Philips).

Durante a entrevista, Housley reconheceu que não é uma tarefa simples convencer o consumidor que adquiriu recentemente uma televisão Full HD a investir em um produto compatível com a resolução 4K. Segundo ele, tudo o que é possível fazer é passar da maneira mais clara o possível os benefícios que essa tecnologia vai trazer a quem decidir investir nela.

O executivo acredita que, assim como aconteceu com a resolução 1080p, as telas Ultra HD devem se tornar o padrão na indústria durante os próximos anos. Ele afirma que o tempo de transição para a novidade deve ser semelhante ao que levamos para chegar ao padrão atual, com chances de ser ainda menor — tudo isso graças a disponibilidades de conteúdos através de meios não tão presentes em um passado recente, como a internet.

Housley reconhece que, atualmente, somente uma faixa pequena do público tem acesso à nova tecnologia, devido ao preço elevado que ela apresenta. Segundo o executivo, atualmente o público que já investe na nova resolução de imagens é constituído pelos chamados “early adopters”: consumidor com recursos financeiros que fazem questão de ter o quanto antes a última palavra no que diz respeito a tecnologias de imagem.

Mudanças para atrair o público jovem

Durante a entrevista, questionamos Housley quanto às estratégias que a Philips pretende usar para atrair o público jovem, que não está acostumado a lidar com o antigo formato da televisão como única forma de obter informação e entretenimento. O executivo reconhece que é preciso mudar a maneira de agir para conquistar essa fatia do mercado, e que as TVs como as conhecemos já estão em processo de mudança para tornar isso possível.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Como exemplo dessa transição, ele cita a conectividade online vista em novos aparelhos e a conexão com a nuvem que permite obter rapidamente o conteúdo de serviços por streaming como a Netflix. Além disso, ele acredita que a inclusão de games de qualidade e a presença de experiências entre diversas telas vão ser capazes de lidar com um público que nasceu acostumado com a interatividade e flexibilidade da internet.

Brasil: mercado extremamente importante

Assim como Marteen de Vries, CEO da TP Vision, Housley afirma que o Brasil é um dos países mais importantes para o segmento de produtos eletrônicos, tanto atualmente quanto em um futuro próximo. “Ele [o país] é absolutamente um mercado prioritário para nós”, declarou o executivo durante a entrevista.

Segundo ele, isso implica no lançamento de produtos que não só se enquadrem nos gostos locais como tenham conteúdos que sejam condizentes com a nossa realidade. Como forma de assegurar que isso ocorra, a Philips trabalha ativamente junto a parceiros de forma a oferecer programações e aplicativos conhecidos e apreciados em nosso país.

Tendências para o futuro

Housley finaliza a entrevista afirmando que acredita que o mercado de televisões, ao menos nos próximos anos, deve se concentrar na facilitação do acesso a conteúdos. Isso significa que devemos continuar a ver empresas investindo no desenvolvimento de plataformas integradas à nuvem e que tragam compatibilidade com jogos eletrônicos de qualidade.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Além disso, ele aposta que devemos ver um crescimento das chamadas “Smart Homes”, casas inteligentes nas quais diferentes aparelhos eletrônicos consigam conversar e interagir entre si. Como exemplo disso, ele citou a tecnologia Ambilight + Hue da Philips, que integra o sistema de iluminação dos televisores da empresa com a iluminação presente em um ambiente.

Acima de tudo, Housley aposta que cada vez mais iremos acessar experiências que vão além da TV, o que não significa que ela vá deixar de existir, continuando a exercer um papel central em nossas casas. O executivo acredita que estamos voltando a uma fase na qual a experiência que queremos ter vai definir o conteúdo que consumimos, uma inversão do que acontece atualmente, momento no qual temos que nos adaptar a determinados tamanhos de tela ou sistemas de interação devido às limitações impostas pelos eletrônicos atuais.

O Tecmundo viajou à IFA 2013 a convite da TP Vision/Philips.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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