Imagem de O sonho de montar lanches usando touchscreen no McDonald’s já é realidade no site TecMundo

É difícil de acreditar, mas a rede de fast-food enfrentou outro trimestre de prejuízos e agora busca medidas para inovar

<p>Quando o assunto &eacute; hamb&uacute;rguer, os norte-americanos esbanjam criatividade. &Eacute; bem dif&iacute;cil de acreditar, mas a verdade &eacute; que, l&aacute; na Terra do Tio Sam, o McDonald&rsquo;s enfrentou outro trimestre fiscal de preju&iacute;zos. Na busca por recoloca&ccedil;&atilde;o no mercado, a rede de fast-food pretende adotar uma medida que n&atilde;o necessariamente &eacute; inovadora, mas cuja interatividade pode ajudar a angariar mais clientes: permitir que eles construam seus pr&oacute;prios lanches por meio de touchscreens.</p>
<p>A medida, batizada de &ldquo;Create Your Taste&rdquo; (algo como &ldquo;crie seu sabor&rdquo;, em tradu&ccedil;&atilde;o livre), j&aacute; est&aacute; em vigor em alguns restaurantes na Calif&oacute;rnia, mas ontem a companhia anunciou uma significativa expans&atilde;o para at&eacute; 2 mil unidades em 2015. Matematicamente, isso atinge uma a cada sete lanchonetes da rede. Para o futuro pr&oacute;ximo, a iniciativa estar&aacute; dispon&iacute;vel em 30 restaurantes espalhados em Ge&oacute;rgia, Illinois, Missouri, Pensilv&acirc;nia e Wisconsin.</p>
<h2>Sim, &eacute; um sonho, mas o pedido demora mais e &eacute; caro</h2>
<p>Os que optarem pelo pedido personalizado naturalmente t&ecirc;m um pre&ccedil;o a pagar. Al&eacute;m disso, o tempo de preparo &eacute; maior. A montagem do lanche n&atilde;o envolve colocar todo e qualquer ingrediente ali e em qualquer ordem &ndash; essa medida preserva a sanidade dos consumidores e dos atendentes, afinal de contas, &eacute; preciso ter alguma agilidade no processo todo.</p>
<p>Basicamente, as lojas utilizam quiosques com uma touchscreen por meio da qual os clientes escolhem os ingredientes cab&iacute;veis &ndash; molho, tipo de queijo, salada &ndash; para montar o sandu&iacute;che. Cogumelos grelhados, barbecue, bacon, picles e outros itens est&atilde;o ao alcance de um toque. &Eacute; poss&iacute;vel montar sandu&iacute;ches de chicken tamb&eacute;m, coisa que n&atilde;o &eacute; t&atilde;o comum em redes de fast-food (e o McDonald&rsquo;s pode se gabar por isso, portanto).</p>
<p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2014/12/09/09125026670426.jpg" /></span></p>
<h2>Conte-me mais</h2>
<p>Conforme mencionado, todo esse &ldquo;poder&rdquo; que o consumidor tem pede um pre&ccedil;o. Dois, na verdade: o tempo de espera, que &eacute; maior, e o valor, que &eacute; onerado. O conceito de &ldquo;fast-food&rdquo; n&atilde;o &eacute; t&atilde;o &ldquo;fast&rdquo; assim: os pedidos do &ldquo;Create Your Taste&rdquo; podem levar at&eacute; 10 minutos para ficarem prontos.</p>
<p>O objetivo final &eacute; fazer os clientes pensarem que est&atilde;o comendo algo &ldquo;premium&rdquo;, que est&aacute; &agrave; frente dos lanches comuns e que &eacute; absolutamente personalizado. A coisa vai muito al&eacute;m do que o querido McTriplo. Ali&aacute;s, que saudade do McTriplo...</p>
<p>A apresenta&ccedil;&atilde;o do lanche tamb&eacute;m &eacute; pomposa: em vez do tradicional embrulho ou caixa em papel, ele vem numa embalagem especial toda gourmet. O pre&ccedil;o sofre reajuste: em vez de US$ 5 ou US$ 6 d&oacute;lares pelo combinado com batatas fritas e refrigerante, o pedido pode ultrapassar a casa dos US$ 10, ou seja, praticamente o dobro.</p>
<p>A ideia do McDonald&rsquo;s ao adotar esse sistema de escolhas busca elevar a qualidade e alcan&ccedil;ar a concorr&ecirc;ncia, que l&aacute; nos EUA se acirra entre redes como Chipotle, Panera Bread e outras que se destacam por terem op&ccedil;&otilde;es mais &ldquo;saud&aacute;veis&rdquo; do que a rede.</p>
<p><span>A medida n&atilde;o funciona no Drive-Thru. Portanto, se voc&ecirc; quiser personalizar o seu lanche, entre no restaurante, procure o quiosque e se acabe na touchscreen. Depois se acabe no hamb&uacute;rguer, que &eacute; a melhor coisa do mundo.</span></p>

thumb-image-2024-04-30T03:22:52.060Z

O sonho de montar lanches usando touchscreen no McDonald’s já é realidade

Imagem de Ubi: programa transforma qualquer superfície em tela sensível a toque no site TecMundo

Parceria entre Kinect e empresa de médio porte cria serviço que pode revolucionar apresentações.

<p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.youtube.com/embed/Iu2XH5p_hMM" width="600" height="338" frameborder="0"></iframe></p>
<p>Recentemente, o Tecmundo <a href="https://www.tecmundo.com.br/sensivel-a-movimento/43228-analise-testamos-o-sensor-de-movimentos-leap-motion-video-.htm" target="_blank">analisou o Leap Motion</a>, um sensor que transforma seu computador em um dispositivo que pode ser controlado a dist&acirc;ncia. Mas este software desenvolvido pela Ubi utilizando o <a href="https://www.tecmundo.com.br/kinect/" target="_blank">Kinect</a> faz o produto parecer brinquedo de crian&ccedil;a: ele transforma qualquer superf&iacute;cie em uma tela sens&iacute;vel a toque.</p>
<p>Tudo o que voc&ecirc; precisa &eacute; de um PC com o programa, um projetor, um Kinect , uma parede (ou mesa) e criatividade para aproveitar o sensor da melhor forma poss&iacute;vel.</p>
<h2>Toque de m&aacute;gica</h2>
<p>Com o Ubi em vez de apresentar slides padr&otilde;es e est&aacute;ticos em uma aula ou reuni&atilde;o, por exemplo, voc&ecirc; pode criar documentos interativos e complexos. Ou que tal cozinhar com a receita projetada ao seu lado? As possibilidades para games tamb&eacute;m s&atilde;o in&uacute;meras.</p>
<p>Esse sucesso n&atilde;o &eacute; uma surpresa: a Ubi &eacute; uma das 11 companhias selecionadas em 2012 pela <a href="https://www.tecmundo.com.br/microsoft" target="_blank">Microsoft</a> para fazer um pequeno curso sobre o Kinect e, em seguida, come&ccedil;ar a desenvolver softwares para a plataforma.</p>
<p>O software da Ubi (que foi batizado com o nome da empresa) pode ser encomendado <a href="http://www.ubi-interactive.com/" target="_blank">pelo site oficial do servi&ccedil;o</a>. S&atilde;o v&aacute;rios planos dispon&iacute;veis, que aumentam os pontos de toque e o tamanho m&aacute;ximo da &ldquo;tela&rdquo;.</p>

thumb-image-2024-04-30T03:27:49.523Z

Ubi: programa transforma qualquer superfície em tela sensível a toque

Imagem de A história das telas touchscreen no site TecMundo

Antes populares apenas em histórias de ficção científica, as telas sensíveis ao toque hoje fazem parte do dia a dia de centenas de milhões de pessoas.

<p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/7/materias/74753443016172132.jpg" alt="" /><span class="desc">Crian&ccedil;a brincando com tela sens&iacute;vel ao toque. (Fonte da imagem: <a target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a>)</span></span></p><p>H&aacute; alguns anos n&atilde;o era nada comum ver algu&eacute;m usando um dispositivo com tela sens&iacute;vel ao toque, especialmente um celular. Se voc&ecirc; nasceu at&eacute; os 1990, &eacute; bem prov&aacute;vel que o primeiro aparelho equipado com tal tecnologia que viu foi em alguma obra de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica do cinema.</p><p>Atualmente, smartphones, tablets, GPS e at&eacute; mesmo monitores que fazem parte do nosso dia a dia trazem telas do g&ecirc;nero. Seja dentro de casa ou na rua, em totens digitais ou caixas eletr&ocirc;nicos espalhados pela cidade, n&atilde;o &eacute; t&atilde;o incomum ver algu&eacute;m utilizando os dedos (ou uma caneta especial) para manipular o conte&uacute;do exibido no display.</p><p>Apesar de ter ca&iacute;do nas gra&ccedil;as fabricantes e utilizadores h&aacute; pouco tempo, a hist&oacute;ria das telas sens&iacute;veis come&ccedil;ou h&aacute; cerca de 50 anos, na Inglaterra, com o inventor E. A. Johnson. De l&aacute; pra c&aacute;, o conceito evoluiu bastante por meio de contribui&ccedil;&otilde;es de v&aacute;rios cientistas ao redor do mundo.</p><h2>A primeira touchscreen</h2><p>Era o ano de 1965 quando o inventor brit&acirc;nico E. A. Johnson descreveu seu trabalho em torno de uma tela sens&iacute;vel ao toque capacitiva em um pequeno artigo &mdash; dois anos depois, ele descrevia o seu conceito em um texto mais completo. Em 1968, um novo artigo do mesmo cientista &eacute; publicado, desta vez tratando das possibilidades da tecnologia.</p><p>O fato &eacute; que os historiadores consideram a tela desenvolvida por Johnson no Royal Radar Establishment, em Malvern, Reino Unido, como o primeiro touchscreen da hist&oacute;ria. O equipamento foi desenvolvido para uso em radares de controle de tr&aacute;fego a&eacute;reo, perdurando at&eacute; a d&eacute;cada de 1990.</p><p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/7/materias/74753443016172520.jpg" alt="" /><span class="desc">Primeiro touchscreen da hist&oacute;ria. (Fonte da imagem: <a target="_blank">Bill Buxton</a>)</span></span></p><p>O equipamento, apesar de capacitivo, era bem simples. Ele era capaz de suportar apenas um toque por vez (ou seja, n&atilde;o tinha suporte multitouch) e tamb&eacute;m era bin&aacute;rio, identificando apenas duas posi&ccedil;&otilde;es: toque ou aus&ecirc;ncia de toque, independente da press&atilde;o aplicada ao display.</p><h2>Um acidente d&aacute; &agrave; luz as telas resistivas</h2><p>Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, as telas capacitivas, aquelas que podem ser manipuladas com precis&atilde;o usando apenas a ponta dos dedos para isso, foram criadas antes das resistivas, as que demandam o uso de canetas especiais. Estas surgiram apenas no in&iacute;cio dos anos 1970, quando o inventor estadunidense G. Samuel elaborou um m&eacute;todo de facilitar os estudos de sua equipe de f&iacute;sica nuclear.</p><p>Para acelerar um trabalho tedioso, o doutor Samuel &mdash; junto de outros dois membros de sua equipe &mdash; usou um papel eletronicamente condutivo para ler coordenadas X e Y. Esse prot&oacute;tipo criou meio que sem querer a primeira tela de computador sens&iacute;vel ao toque que se tem conhecimento.</p><h2>Projeto PLATO</h2><p>O pr&oacute;ximo passo da escala evolutiva ocorreu tamb&eacute;m no in&iacute;cio dos anos 70 e foi chamado de projeto PLATO. A tela utilizada no terminal PLATO IV foi uma das v&aacute;rias surgidas na &eacute;poca e uma das mais bem-sucedidas, apesar de ainda n&atilde;o ser sens&iacute;vel &agrave; press&atilde;o.</p><p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/7/materias/74753443016172717.jpg" alt="" /><span class="desc">PLATO IV. (Fonte da imagem: <a target="_blank">Divul&ccedil;&atilde;o</a>)</span></span></p><p>Ela n&atilde;o era nem resistiva, nem capacitiva, mas funcionava a partir de um sistema de infravermelho sobre uma tela de plasma (tecnologia utilizada atualmente nos televisores de plasma). O dispositivo foi criado por Donalt Bitzer na Universidade de Illinois, Estados Unidos, e servia para que os estudantes respondessem quest&otilde;es apenas tocando na tela.</p><h2>E come&ccedil;am os multitouch</h2><p>At&eacute; ent&atilde;o, as telas sens&iacute;veis ao toque n&atilde;o eram capazes de identificar mais de um toque por vez. Isso come&ccedil;a a mudar em 1982, quando Nimish Mehta, da Universidade de Toronto, no Canad&aacute;, apresenta o primeiro dispositivo multitouch do mundo.</p><p>Na opini&atilde;o de Bill Buxton, cientista canadense pioneiro no ramo da intera&ccedil;&atilde;o entre computador e seres humanos e que deu grandes contribui&ccedil;&otilde;es ao aperfei&ccedil;oamento da cria&ccedil;&atilde;o de Mehta, o aparelho era mais um tablet sens&iacute;vel ao toque do que uma tela propriamente dita.</p><p>Em sua linha do tempo de dispositivos de intera&ccedil;&atilde;o com a m&aacute;quina, Buxton apresenta a o sistema multitouch de Mehta como &ldquo;um filtro de pl&aacute;stico transl&uacute;cido montado sobre uma placa de vidro, iluminado lateramente por uma l&acirc;mpada fluorescente&rdquo;. Al&eacute;m disso, uma c&acirc;mera acoplada abaixo da superf&iacute;cie t&aacute;til capturava opticamente as sombras que apareciam no filtro transparente.</p><h2>Intera&ccedil;&atilde;o gestual</h2><p>As telas come&ccedil;avam a se desenvolver, mas ainda n&atilde;o apresentavam suporte ao reconhecimento de gestos. Foi Myro Krueger, um artista digital estadunidense, que deu a primeira grande contribui&ccedil;&atilde;o para mudar esse panorama em 1983, quando apresentou o Video Place (mais tarde renomeado para Video Desk).</p><p style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/dqZyZrN3Pl0?version=3&hl=pt_BR&rel=0" width="600"></iframe></p><p>O equipamento era um sistema &oacute;ptico que permitia rastrear o movimento por meio do uso de projetores e c&acirc;meras de v&iacute;deo. A intera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o se dava propriamente com a tela, mas a capta&ccedil;&atilde;o &oacute;ptica era capaz de reconhecer in&uacute;meros movimentos ou, como relatou Krueger em um livro, se tratava de uma &ldquo;rica intera&ccedil;&atilde;o gestual&rdquo;.</p><h2>A era do touchscreen comercializ&aacute;vel</h2><p>Os anos 1980 marcam um grande salto na hist&oacute;ria dos dispositivos com telas sens&iacute;veis ao toque: o primeiro computador equipado com essa tecnologia chega ao mercado em setembro de 1983, o HP-150. Ele estava equipado com MS-DOS e trazia ainda um monitor de CRT da Sony de 9 polegadas. Um sistema infravermelho reconhecia quando um dedo tocava o display. Era poss&iacute;vel ter um desses em sua casa por US$ 2.795.</p><p>O grande contratempo, por&eacute;m, foi o efeito &ldquo;bra&ccedil;o de gorila&rdquo;. Assim foi chamada a fadiga muscular causada por ter que manter o bra&ccedil;o no ar para tocar a tela, afinal, o infravermelho emitido pelo aparelho era bloqueado por seu dedo e, desse modo, a m&aacute;quina identificava exatamente onde ele se encontrava.</p><p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/7/materias/74753443016173127.jpg" alt="" /><span class="desc">HP-150. (Fonte da imagem: <a target="_blank">Divulga&ccedil;&atilde;o/HP</a>)</span></span></p><p>Assim, pode-se dizer que a primeira tela do g&ecirc;nero a ser um sucesso comercial foi a criada por Bob Boie do Bell Labs, EUA, em 1984. Ela usava uma matriz capacitiva transparente de sensores t&aacute;teis sobrepostos em um CRT. Segundo Bill Buxton, ela permitia ao usu&aacute;rio &ldquo;manipular objetos gr&aacute;ficos com os dedos com um excelente tempo de resposta&rdquo;.</p><h2>As telas se tornam port&aacute;teis</h2><p>Os anos 1990 foram o in&iacute;cio da fase port&aacute;til das touchscreen. O primeiro foi o comunicador port&aacute;til Simon Personal Communicator, criado a partir de uma parceria entre a BellSouth e a IBM e que trazia fun&ccedil;&otilde;es de pager, envio e recebimento de emails, calend&aacute;rio, agenda, bloco de notas e calculadora. A tela era resistiva e exigia uma caneta para funcionar.</p><p>Muito tempo antes do iPad, a Apple se aventurou no mundo dos blocos de nota digitais com telas sens&iacute;veis ao toque: em 1993, a empresa lan&ccedil;ava o MessagePad. Resistiva, ela tamb&eacute;m precisava de uma caneta especial para a manipula&ccedil;&atilde;o de conte&uacute;do. Por falhas t&eacute;cnicas, o produto foi um fracasso de vendas, ao contr&aacute;rio do seu descendente atual.</p><p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/7/materias/74753443016173156.jpg" alt="" /><span class="desc"> (Fonte da imagem: <a target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a>)</span></span></p><p>Em 1996, foi a vez da Palm entrar no jogo com o Pilot, primeiro de v&aacute;rios dispositivos touchscreen da companhia. A experi&ecirc;ncia com o equipamento era simples e se assemelhava a desenhar em um peda&ccedil;o de papel. Por alguns anos e depois de diversos lan&ccedil;amentos, a Palm foi a grande refer&ecirc;ncia quando o assunto era equipamentos de comunica&ccedil;&atilde;o port&aacute;teis com telas sens&iacute;veis ao toque.</p><h2>Chegam os multitouch atuais</h2><p>No final dos anos 1990, uma nova revolu&ccedil;&atilde;o esteve a caminho das touchscreen. Estudante da Universidade de Delaware, Estados Unidos, Wayne Westerman apresentou a sua disserta&ccedil;&atilde;o de doutorado &ldquo;Rastreamento de m&atilde;o, identifica&ccedil;&atilde;o de dedo e manipula&ccedil;&atilde;o de acorde em uma superf&iacute;cie multitoque&rdquo;.</p><p>Na publica&ccedil;&atilde;o, Westerman detalha melhor os mecanismos que atualmente s&atilde;o aplicados &agrave;s telas que suportam v&aacute;rios toques, utilizadas em praticamente todos os smartphones e tablets. O estudante e seu orientador acad&ecirc;mico criaram uma empresa chamada FingerWorks, na qual exploraram melhor os seus conceitos.</p><p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/7/materias/7475344301617331.jpg" alt="" /><span class="desc">iGesture Pad. (Fonte da imagem: <a target="_blank">Divulga&ccedil;&atilde;i/FingerWorks</a>)</span></span></p><p>L&aacute;, eles criaram um equipamento chamado iGesture Pad, um trackpad semelhante ao utilizado em notebooks nos dias de hoje. Vale lembrar que a FingerWorks foi adquirida pela Apple em 2005 e muitas das tecnologias multitouch aplicadas em produtos da Ma&ccedil;&atilde;, como o Trackpad e o iPhone, v&ecirc;m da empresa de Westerman e seu orientador.</p><h2>Desenvolvimento, 3D e touchscreen</h2><p>A chegada dos anos 2000 foi realmente significativa para a tecnologia de telas sens&iacute;veis ao toque, com um grande n&uacute;mero de equipamentos surgindo nesse per&iacute;odo. Em 2001, um a chegada do PortfolioWall marca uma nova fase nas possibilidades de intera&ccedil;&atilde;o com conte&uacute;do digital.</p><p>O equipamento foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a General Motors e uma equipe da Alias|Wavefront. Bill Buxton era o l&iacute;der do projeto e conta que o PortfolioWall era uma &ldquo;interface gestual que permitia aos usu&aacute;rios interagir completamente com um material digital&rdquo;. O equipamento era indicado para grupos de trabalho, pois permitia a manipula&ccedil;&atilde;o de imagens e anima&ccedil;&otilde;es usando apenas os dedos para isso.</p><h2>M&uacute;ltiplos toques e posi&ccedil;&otilde;es</h2><p>Em 2002, foi a vez da Sony dar sua contribui&ccedil;&atilde;o &agrave; rica hist&oacute;ria das telas sens&iacute;veis ao toque. A empresa japonesa trouxe ao mundo a SmartSkin, uma tecnologia capaz de calcular a dist&acirc;ncia entre a m&atilde;o e a superf&iacute;cie por meio de sensores capacitivos e de uma antena.</p><p style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/8AF5K_5U9WQ?hl=pt_BR&version=3&rel=0" width="600"></iframe></p><p>Diferente de outros m&eacute;todos, a capta&ccedil;&atilde;o aqui n&atilde;o se dava por meio de c&acirc;meras, mas sim de sensores integrados &agrave; superf&iacute;cie t&aacute;til. Apesar de n&atilde;o ter alcan&ccedil;ado um sucesso de mercado, a SmartSkin trouxe grandes contribui&ccedil;&otilde;es ao desenvolvimento de telas capacitivas e tamb&eacute;m pode ser considerada predecessora das multitoques atuais.</p><h2>Pegando com os dedos</h2><p>O pr&oacute;ximo est&aacute;gio foi iniciado com o HandGear, da empresa canadense DSI Datotech, em 2002. Ele era basicamente um trackpad como o iGesture, mas tinha uma capacidade extra: era poss&iacute;vel &ldquo;pegar&rdquo; objetos da tela usando o equipamento, aumentando assim o controle da intera&ccedil;&atilde;o com o conte&uacute;do digital. Problemas financeiros impediram o prosseguimento do projeto.</p><p>Em 2004, um funcion&aacute;rio da Microsoft desenvolveu uma tela 3D sens&iacute;vel ao toque que funcionava por meio do reconhecimento de gestos. Seu criador era Andrew D. Wilson e a inven&ccedil;&atilde;o, chamada de TouchLight, usava um projetor para transformar uma placa de acr&iacute;lico em uma superf&iacute;cie interativa capaz de reconhecer m&uacute;ltiplos toques.</p><h2>Avan&ccedil;os e superf&iacute;cies toc&aacute;veis</h2><p>A hist&oacute;ria da humanidade &eacute;, sobretudo, a hist&oacute;ria da acumula&ccedil;&atilde;o e transforma&ccedil;&atilde;o do conhecimento &mdash; e este artigo j&aacute; mostra o quanto tecnologias diferentes est&atilde;o interligadas de forma direta ou indireta. Assim, em 2006, o cientista Jeff Han apresentou ao p&uacute;blico a sua tela sens&iacute;vel ao toque livre de interface.</p><p style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/QKh1Rv0PlOQ?version=3&hl=pt_BR&rel=0" width="600"></iframe></p><p>O material era uma ideia inacabada que usava sistema capacitivo e infravermelho para identificar exatamente onde estava sendo tocado. A tela foi poss&iacute;vel, explica Han, gra&ccedil;as &agrave; &ldquo;reflex&atilde;o total interna frustrada&rdquo;, ou FTIR na sigla em ingl&ecirc;s, uma t&eacute;cnica biom&eacute;trica para reconhecimento de impress&otilde;es digitais.</p><p>A cria&ccedil;&atilde;o de Jeff Han era sens&iacute;vel &agrave; press&atilde;o e capaz de sentir absolutamente qualquer toque na tela, al&eacute;m de sua produ&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ser t&atilde;o cara, como relatou o inventor durante apresenta&ccedil;&atilde;o no TED daquele ano. Em 2012, Han vendeu sua empresa para a Microsoft.</p><h2>Computador dentro da mesa t&aacute;til</h2><p>Antes de &ldquo;Surface&rdquo; ser o nome do tablet da Microsoft, a companhia de Bill Gates usou o t&iacute;tulo para representar a sua tabletop sens&iacute;vel ao toque. Um &ldquo;computador dentro de uma mesa&rdquo;, como relatou o Ars Technica em 2007, o equipamento trazia imagens retroprojetadas em uma superf&iacute;cie localizada no topo de uma mesa.</p><p>Foram 85 prot&oacute;tipos at&eacute; que o material ficasse pronto para a sua primeira vers&atilde;o final, demonstrada <a title="Clique para acessar" href="http://youtu.be/7WIkrQu0-v0" target="_blank">pelo pr&oacute;prio Gates</a>. Em 2008, a companhia apresentou ao mundo uma vers&atilde;o de 30 polegadas do equipamento e revelou tamb&eacute;m que seu foco eram comerciantes que desejavam dar uma amostra de hardware e software a seus clientes dentro da loja.</p><p><span class="img-fc"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2013/7/materias/7475344301617358.jpg" alt="" /><span class="desc">Microsoft Surface (Fonte da imagem: <a target="_blank">Divulga&ccedil;&atilde;o/Microsoft</a>)</span></span></p><p>Os &uacute;ltimos anos foram de renova&ccedil;&atilde;o para a linha: a Microsoft mudou o nome, visto que Surface agora &eacute; o tablet desenvolvido pela empresa, e passou a chamar sua tabletop de PixelSense.</p><p>O equipamento funciona com luz posterior que emite infravermelho, atinge o vidro da tampa e reflete nos sensores integrados, permitindo assim identificar a a&ccedil;&atilde;o realizada na tela. Assim, o nome escolhido pela Microsoft reflete exatamente a capacidade de seu produto: cada pixel do display &eacute; sens&iacute;vel ao toque.</p><h2>50 anos depois</h2><p>Quase cinco d&eacute;cadas depois do trabalho apresentado por E. A. Johson no Reino Unido, as telas sens&iacute;veis ao toque servem a seus usu&aacute;rios das mais variadas maneiras. Para fins de entretenimento ou profissionais, &eacute; fato que estes dispositivos v&atilde;o fazer cada vez mais parte de nossa vida. Como isso vai acontecer, por&eacute;m, j&aacute; &eacute; outra hist&oacute;ria.</p>

thumb-image-2024-04-30T03:28:06.946Z

A história das telas touchscreen

Imagem de Haptics: a resposta na ponta dos seus dedos no site TecMundo

O que são haptics e como esse conceito pode ajudar a melhorar a experiência do usuário na interação com as telas touchscreen.

<p style="text-align: center;"><img title="Android ter&aacute; plataforma para desenvolvimento de haptics" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/9111/37219.jpg" alt="Android ter&aacute; plataforma para desenvolvimento de haptics" width="600" /></p><p style="text-align: center;"><span class="fonte-imagem">Fonte: <a href="http://www.motorola.com.br" target="_blank">Motorola</a></span></p><p>Pode n&atilde;o parecer, mas por tr&aacute;s de um simples toque seu numa tela touchscreen existe um conceito complexo, destinado a tornar a sua experi&ecirc;ncia de usu&aacute;rio com o aparelho a mais natural poss&iacute;vel. Para que voc&ecirc; possa entender o que s&atilde;o <em>haptics</em>, &eacute; preciso olhar para o aparelho durante um toque na tela.&nbsp;</p><p>Vamos tomar como exemplo o iPhone. Ao habilitar o teclado virtual, repare que ao tocar sobre uma letra ela &eacute; ampliada e, ao mesmo tempo, um sinal sonoro suave indica que, de fato, o comando solicitado foi validado. No dia a dia, esse processo &eacute; t&atilde;o instintivo que voc&ecirc; praticamente n&atilde;o percebe a ocorr&ecirc;ncia.</p><p>Respostas como essas, tanto visuais quanto sonoras, formam o que &eacute; conhecido pelo conceito de <em>haptics</em>, palavra grega sem tradu&ccedil;&atilde;o literal para a l&iacute;ngua portuguesa. Em linhas gerais, o termo se refere &agrave; sensa&ccedil;&atilde;o de toque, a resposta que o usu&aacute;rio tem ao tocar uma superf&iacute;cie interativa.&nbsp;</p><p>Quanto mais instintiva for essa resposta, melhor &eacute; a aplica&ccedil;&atilde;o do conceito. Por exemplo, imagine que se cada vez que voc&ecirc; pressionasse uma tecla seu celular emitisse um sinal forte e alto de alerta.&nbsp; Essa resposta, provavelmente, logo deixaria voc&ecirc; incomodado. Por outro lado, quando n&atilde;o h&aacute; resposta alguma, voc&ecirc; pode ficar em d&uacute;vida se a letra tocada &ldquo;entrou&rdquo; ou n&atilde;o.</p><h2><strong>Por que o conceito de haptics &eacute; importante?</strong>&nbsp;</h2><p style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/5k6QkppZoNs?fs=1&hl=en_US&rel=0" width="600"></iframe></p><p>Encontrar um equil&iacute;brio entre os dois opostos e proporcionar ao usu&aacute;rio a experi&ecirc;ncia mais intuitiva poss&iacute;vel &eacute; o objeto de estudos dos desenvolvedores. Quanto melhor for o <em>haptic</em>, provavelmente melhor ser&aacute; a experi&ecirc;ncia do usu&aacute;rio e a sua familiariza&ccedil;&atilde;o com a plataforma em quest&atilde;o.</p><p>A resposta a uma a&ccedil;&atilde;o pode ser percebida tamb&eacute;m na vibra&ccedil;&atilde;o de um celular ou ainda na intera&ccedil;&atilde;o com elementos sens&iacute;veis a gestos. No caso do Kinect, por exemplo, ao fazer um gesto para pressionar um bot&atilde;o, &eacute; preciso aguardar um determinado tempo para que o comando seja validado. Na tela, uma anima&ccedil;&atilde;o de carregamento indica que o seu comando est&aacute; em resposta.</p><p>Com o aumento do uso de interfaces touchscreen, e at&eacute; mesmo daquelas que dispensam o toque, cresce tamb&eacute;m o interesse da ind&uacute;stria em tornar essas respostas cada vez mais percept&iacute;veis para o usu&aacute;rio.&nbsp;Durante o Mobile World Congress 2011, realizado no m&ecirc;s passado, a Immersion apresentou a <a href="https://www.baixaki.com.br/tecnologia/8457-plataforma-visa-aprimorar-experiencia-sensorial-em-dispositivos-touchscreen.htm">plataforma MOTIV</a>.</p><p>O aplicativo &eacute; voltado para desenvolvedores de softwares para celular e &eacute; o primeiro do g&ecirc;nero, segundo o fabricante, voltado para o estudo e desenvolvimento de novas utiliza&ccedil;&otilde;es de <em>haptics</em>, permitindo aos programadores inovar no quesito interatividade.</p><p>Entretanto, a MOTIV &eacute; voltada unicamente para Android. No caso da Apple, as op&ccedil;&otilde;es de <em>haptics</em> integram o kit de desenvolvimento do iOS, e seguem as normas estabelecidas pela empresa. Esta ser&aacute; a primeira vez que os desenvolvedores ter&atilde;o acesso a oportunidades de testar novas possibilidades para as respostas de intera&ccedil;&atilde;o.</p><h2><strong>O que esperar do futuro?</strong></h2><p style="text-align: center;"><img title="Toque o futuro: qual ser&aacute; a resposta ideal?" src="https://tm.ibxk.com.br/materias/9111/37221.jpg" alt="Toque o futuro: qual ser&aacute; a resposta ideal?" /></p><p>Ao que tudo indica, cada vez mais os usu&aacute;rios ter&atilde;o acesso a elementos interativos que n&atilde;o requerem um dispositivo pr&oacute;prio para isso, como mouse e teclado, por exemplo. Se numa ferramenta f&iacute;sica o usu&aacute;rio tem a exata no&ccedil;&atilde;o de quando clicou ou n&atilde;o em um bot&atilde;o, o mesmo n&atilde;o acontece no reconhecimento gestual ou no toque sobre uma tela.</p><p>Assim, os <em>haptics</em> s&atilde;o um campo vasto para desenvolvimento. Praticamente tudo o que os usu&aacute;rios conhecem na atualidade, com rela&ccedil;&atilde;o a telas sens&iacute;veis ao toque, foi desenvolvido nos &uacute;ltimos cinco anos. Muitos dos conceitos aplicados s&atilde;o baseados na observa&ccedil;&atilde;o das respostas dos consumidores a eles.&nbsp;</p><p>Num mercado competitivo como o de smartphones, n&atilde;o h&aacute; muito espa&ccedil;o para experimenta&ccedil;&otilde;es e, dessa forma, a maioria das empresas prefere n&atilde;o arriscar, aprimorando aos poucos aquilo que j&aacute; t&ecirc;m certeza que vai funcionar.</p><p>Com a abertura da plataforma para outros desenvolvedores, quem sabe nos pr&oacute;ximos anos n&atilde;o veremos experi&ecirc;ncias interativas diferenciadas e ainda melhores daquilo que estamos habituados a utilizar.</p>

thumb-image-2024-04-30T03:35:37.221Z

Haptics: a resposta na ponta dos seus dedos

Imagem de Análise: HP Touchsmart 600 no site TecMundo

A beleza encontra uma infinidade de possibilidades neste computador dotado de tela sensível ao toque e ótimas configurações de hardware.

thumb-image-2024-04-30T03:36:40.608Z

Review: HP Touchsmart 600

banner-image-2024-04-30T03:27:16.775Z

Imagem de Rede de TV Fox News instala telas touch de 55 polegadas na redação no site TecMundo

Proposta é tornar o trabalho dos jornalistas mais ágil e não linear, facilitando o acesso a múltiplos conteúdos de forma simultânea

<p><span class="img-fc"><img loading="lazy" src="https://tm.ibxk.com.br/2013/10/materias/207394401015233.jpg" alt="" /><span class="desc"> (Fonte da imagem: <a target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Fox News</a>)</span></span></p>
<p>A rede de TV norte-americana Fox News apresentou uma novidade curiosa nesta semana. A partir de agora, os jornalistas que trabalham na reda&ccedil;&atilde;o do ve&iacute;culo contam com esta&ccedil;&otilde;es de trabalho com telas de 55 polegadas sens&iacute;veis ao toque.</p>
<p>Segundo o apresentador Shepard Smith, a ideia &eacute; que as BATs (Big Area Touchscreen) permitam que o jornalista re&uacute;na em uma &uacute;nica tela todas as informa&ccedil;&otilde;es relativas a um determinado assunto, facilitando a apura&ccedil;&atilde;o de not&iacute;cias. Um software feito sob encomenda tamb&eacute;m est&aacute; entre as novidades.</p>
<p>Depois de reunidas e confrontadas, as informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o enviadas para um painel gigante, cujo controle est&aacute; nas m&atilde;os do apresentador. A linha editorial da Fox News aposta na velocidade das m&iacute;dias sociais como um dos diferenciais do jornalismo moderno. Ser&aacute; que a ideia vai dar certo?</p>

Rede de TV Fox News instala telas touch de 55 polegadas na redação

Veja também

Fontes

Tags