Jogamos o Beta de CoD WW2: dessa vez, sem jetpacks e aparatos tecnológicos

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A franquia Call of Duty já passou por poucas e boas: de Guerra do Vietnã a guerras no espaço. Por conta disso, a franquia acabou se perdendo um pouco – algo que rendeu os trailers com o maior número de dislikes da franquia. Com Call of Duty: WWII temos a promessa de que voltar às raízes da série é tudo que precisamos. Mas será?

Por ora, não há o que dizer sobre a campanha, mas podemos opinar sobre o Beta fechado, que aconteceu neste final de semana, pois jogamos algumas horas em todos os modos disponíveis no PlayStation 4. No geral, a experiência foi boa e realmente parece que a franquia está retomando o controle de qualidade.

Sem aparatos e bugigangas (e isso é bom)

Depois de tanto tempo com guerras no futuro, jetpacks, aparatos tecnológicos e bugigangas que permitiam os mais variados tipos de manobras e táticas, Call of Duty: WWII chega com uma jogabilidade bem mais pé no chão. Talvez, era justamente isso que a franquia precisava depois de viajar tanto no futuro e trazer equipamentos que tinham radares que viam através das paredes.

O clima mais claustrofóbico, apertado e olho no olho dos inimigos traz uma nostalgia boa e, de certa forma, um ar de ideias mais frescas. O ritmo e jogabilidade ainda estão tão bons e familiares como sempre foram, mas agora é preciso pensar com um pouco mais de cautela antes de dobrar um corredor, entrar em uma casamata ou correr desenfreadamente.

Se a situação apertar, não há camuflagem, jetpacks, rasteiras para escorregar para longe ou super-habilidades que carregam com o tempo. Pode parecer um passo para trás (e de fato é), mas ele é muito bem-vindo aqui. Os scorestreaks continuam e estão muito bem-feitos e adaptados para a Segunda Guerra. A sensação de jogar um Call of Duty mais simples, com partidas rápidas e sem firulas, é algo que faltava há um certo tempo.

Voltar às raízes é algo que Call of Duty estava precisando há um tempo e WWII promete entregar isso

Apesar de a simplicidade ser um ponto forte, certamente ter mecânicas mais modernas adaptadas também não fariam mal. Existe um sistema de classes como em Call of Duty: Black Ops 3, mas cada classe não tem habilidades especiais, apenas armas diferentes (não há um soldado genérico que pode ter o equipamento que você quiser). Sem dúvidas, adaptar esses especiais para a Segunda Guerra, como maior resistência à dano ou correr mais rápido, não seria ruim e pode fazer falta.

Alguns modos de jogo são bem interessantes

Os modos tradicionais estão de volta, com o Team Death Match, Dominion e alguns outros. Porém, um dos que chamaram atenção foi o War Mode, que traz uma dinâmica um pouco diferente e que casa perfeitamente com a temática de Call of Duty: WWII.

Basicamente, nesse estilo de jogo você avança por um cenário que se expande a cada objetivo, similar ao modo Operações de Battlefield 1. Dominar um ponto, construir uma ponte, detonar um acampamento inimigo, desativar as armas anti-aéreas e por aí vai. O bacana dessa novidade é que o começo e desenvolvimento da partida fica parecido com uma espécie de “campanha” online, algo nos moldes do primeiro Titanfall.

Com a Segunda Guerra como ambientação, essa divisão de objetivos acaba encaixando como uma luva no multiplayer. Além disso, a variedade de coisas para fazer é uma ótima maneira de fugir um pouco do mata-mata convencional e experimentar uma dificuldade diferente da que estamos acostumados.

Os novos modos e mapas estão muito bem-feitos e prometem uma certa variedade ao multiplayer

No geral, todos os mapas têm um level design bem interessante e no nível que esperamos de um Call of Duty: marcante, fácil de memorizar e que se tornam familiares em pouco tempo. Nisso, não há do que reclamar, pois a Sledgehammer fez um trabalho muito competente até agora.

Tecnicamente bom e fluido

Mesmo em período de testes de Beta, Call of Duty: WWII me impressionou um pouco no quesito gráfico. Não é uma grande melhoria em relação aos anteriores, mas é melhor do que vimos até agora – e com uma ambientação muito melhor. Há muita atenção aos detalhes e texturas de alta qualidade, é realmente impressionante.

Mesmo que esteja longe de estar completo, tudo rodou muito bem e sem queda de frames – que é de 60 fps. Certamente, a fluidez e suavidade para ação rápida continuam presentes (ao menos no PlayStation 4 Pro, plataforma que tive acesso ao Beta).

E a customização?

De longe, esse foi o ponto que mais me preocupou. O primeiro ponto que preciso ressaltar é que se trata de um Beta e obviamente ele é limitado de diversas maneiras, como menos armas e opções para customizar a sua classe. Portanto, já estou com a ideia de que não teria muito o que coletar e personalizar por aqui.

Porém, achei a diversidade de equipamentos e opções para incrementar as armas muito baixa. Um único tipo de mira e, na maioria das vezes, aparatos que tinham a mesma utilidade para todos os tipos de rifles ou metralhadoras (como saque rápido, calibre maior ou estabilização de mira).

Ainda é cedo dizer se isso será um problema, mas ele me deixou atento e ficarei de olho nas novidades do game. Certamente, a personalização é um dos grandes pontos fortes da franquia Call of Duty e ter isso limitado pode ser um ponto negativo, mas teremos que esperar para ver.

Jogar o multiplayer Call of Duty: WWII foi uma das melhores experiências que tive em anos com a franquia. Não que os outros games fossem ruins, mas voltar um pouco e dar foco às raízes da série também pode ser algo muito bom para mudar de ares. Não é um multiplayer revolucionário ou exímio, mas é nem divertido – e não é isso que importa?

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