Vivendi pode desistir da Ubisoft caso outro alvo mais atraente surja

Por Mikhael Narduci

03/07/2017 - 04:361 min de leitura

Vivendi pode desistir da Ubisoft caso outro alvo mais atraente surja

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Na tentativa de expandir sua participação no mundo dos games, a Vivendi vem adquirindo aos poucos as ações da Ubisoft — o que pode render a ela o que é conhecido como uma “aquisição agressiva”. A situação tem preocupado a desenvolvedora, cujos principais acionistas — a família Guillemot — estão se posicionando para evitar que essa situação se concretize.

Em uma entrevista concedida ao jornal Le Figaro, a presidente da Gameloft (que um dia pertenceu aos Guillemot), Stéphane Roussel, deu a entender que a Vivendi pode mudar sua tática em um futuro próximo. Segundo ela, a única condição para que isso aconteça é o surgimento de um “alvo” que se mostre um investimento mais atrativo.

 a Ubisoft é a 'solução mais natural'

Segundo Roussel, a Vivendi quer tornar os video games seu segundo maior investimento — atrás somente da gravadora Universal Music —, e a Ubisoft é a “solução mais natural” para isso. No entanto, ela firma que não se trata de uma situação “ou a Ubisoft ou nada”, revelando que o conglomerado está tendo discussões com outras entidades relacionadas a esse universo.

Outros alvos não estão descartados

Roussel explica que, caso a Vivendi encontre uma companhia em potencial que tenha valor acima de 1 bilhões de euros, ela pode desistir de adquirir a Ubisoft. Vale notar que essa não é a primeira vez que a companhia tenta entrar nesse universo: antes de visar a empresa francesa, ela chegou a ser a maior acionista da Activision-Blizzard antes que a desenvolvedora decidisse recomprar suas ações.

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Informações divulgadas pela Reuters indicam que os custos financeiros podem ser o maior obstáculo que a Vivendi vai enfrentar para comprar a Ubisoft. Segundo o veículo, a aquisição de uma posição majoritária implicaria em pagar um prêmio de 30% aos acionistas — o que resultaria em um investimento total de US$ 5,4 bilhões (algo difícil para uma companhia que só tinha US$ 473 milhões em caixa no final de março).

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