Activision Blizzard: CEO 'considera sair' após novas denúncias

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

22/11/2021 - 03:171 min de leitura

Activision Blizzard: CEO 'considera sair' após novas denúncias

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O CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, considera deixar o cargo de gerente executivo em meio a mais um período turbulento da empresa. A informação é do site The Wall Street Journal.

Segundo a reportagem, Kotick conversou com alguns gerentes da companhia e, pela primeira vez, disse que a sua saída pode de fato acontecer — mas apenas caso ele "não consiga consertar rapidamente os problemas da cultura da companhia", sem detalhar exatamente um prazo ou quais medidas seriam tomadas para isso. Essa é a primeira vez que o executivo teria concordado com a renúncia.

Em uma reunião realizada na última sexta-feira (19), ele pediu desculpas por não ter agido contra os "incidentes" que aconteceram na empresa nos últimos anos, mas essa ação não é vista como suficiente por alguns grupos de colaboradores. A renúncia de Kotick, que virou CEO da Activision em 1991, seria a única forma de acalmar os ânimos de algumas dessas alas. Entretanto, o conselho de acionistas permanece ao lado do executivo.

Relembre a crise na Activision Blizzard

A atual crise envolvendo a gigante começou em julho deste ano, quando um processo liderado pelo Departamento de Justiça do Trabalho e Moradia da Califórnia, nos Estados Unidos, detalhou como a empresa cultivou, durante anos, um ambiente de trabalho carregado de assédio, abusos e desigualdades.

Inicialmente, a companhia rejeitou as acusações, mas logo mudou o discurso e passou a adotar uma postura de mudança interna. O presidente da Blizzard, J. Allen Brack, deixou o cargo ainda em agosto. Três meses depois de ser apontada como colíder da empresa, Jen Oneal também anunciou a saída. 

Além disso, dois dos projetos mais aguardados da companhia, Diablo IV e Overwatch 2, foram adiados  por tempo indeterminado. Na última semana, funcionários começaram a pressionar o CEO após novas denúncias de que a medida de "tolerância zero" não se aplicaria a Kotick, que supostamente também sabia dos diversos casos de assédio e conduta inapropriada na empresa, mas pouco fez para combater esse ambiente.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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