The Devil in Me pode ser o game mais assustador de Dark Pictures Anthology

Por Stella Perini

24/10/2022 - 11:003 min de leitura

The Devil in Me pode ser o game mais assustador de Dark Pictures Anthology

Fonte :  Stella/Voxel 

Imagem de The Devil in Me pode ser o game mais assustador de Dark Pictures Anthology no tecmundo

The Devil in Me, o quarto game de The Dark Pictures Anthology, será lançado em 18 de novembro, marcando o final da primeira temporada dessa série de aventuras cinematográficas apavorantes da Supermassive Games.

E após acompanharmos um vídeo com Tom Heaton – diretor do jogo – no fim de agosto, contando um pouco mais sobre as inspirações e novidades do projeto, nós aqui do Voxel tivemos a chance de jogar o primeiro ato dessa viagem sinistra baseada nos crimes de H.H. Holmes e com toques de Jogos Mortais. Confiram abaixo as nossas impressões:

Bem-vindos ao Hotel da Morte

Uma cena introdutória resume rapidamente o motivo dos protagonistas partirem para uma ilha isolada, a fim de explorar um hotel peculiar inspirado na construção macabra de Holmes como material para um episódio de seu seriado sobre assassinos em série.

Deixando para trás seus celulares e inadvertidamente sua própria segurança, a equipe fica animada com as possibilidades de sucesso oferecidas pelo prédio, um sentimento que obviamente desaparece assim que coisas estranhas começam a acontecer.

O primeiro ato de The Devil in Me nos permite controlar os membros da Lonnit Entertainment e descobrir um pouco das habilidades únicas de cada um deles, como por exemplo, abrir portas e gavetas fechadas utilizando um cartão de visitas, alcançar objetos em locais altos com um tripé ou ouvir através das paredes com um microfone direcional.

Essas mecânicas realmente trazem uma abertura maior de possibilidades para o gameplay, pois os acessórios dos protagonistas garantem formas novas de revelar os segredos ocultos dentro dessa grande armadilha letal disfarçada de hotel.

Somada a essa novidade, temos também as novas formas de movimentação, que incluem pular, escalar, se esgueirar por beiradas e mover itens para criar caminhos, que realmente deixam a jogatina mais dinâmica, diminuindo aquela sensação de só ficar andando para lá e para cá, olhando documentos e esperando uma cena ou um evento acontecer.

Entre para talvez nunca mais sair

Em termos de narrativa, o sentimento de que “algo errado não está certo” já se instaura logo de cara em The Devil in Me, e só vai aumentando conforme avançamos pelos ambientes pontuados com animatrônicos bizarros que poderiam fazer qualquer pessoa sã decidir que nenhum sucesso no mundo vale passar por essa experiência.

O desconforto de alguém observando todos os seus movimentos surge desde que assumimos o controle do diretor britânico Charlie Lonnit em sua péssima missão para conseguir um maço de cigarros velhos dentro do hotel. Porém, as coisas atingem um nível preocupante quando a pobre assistente Erin se encontra no escuro com seu microfone, ouvindo choros, brigas e outros barulhos assustadores vindos das paredes em corredores que começam a mudar quando ela menos espera.

Essa primeira parte também dá a chance de aprender um pouco sobre a personalidade e relacionamentos entre os protagonistas, criando empatia por alguns e uma completa aversão por outros.

Figuras como a adorável e jovem Erin que sonha em trabalhar com áudio, e a sarcástica Jamie – a única que parece ter visto um filme de terror na vida para saber que a situação não vai acabar bem – não só despertaram um carinho, como aquela vontade de ajudá-las a sobreviver.

Já Charlie, com seu temperamento egocêntrico e constante exploração de Erin, parece o típico homem detestável de filme de terror, aquele que acaba sendo um dos primeiros a morrer e que ninguém realmente vai sentir pena ou falta.

E é a forma como cada jogador vai se conectar com os membros dessa equipe que vai moldar o destino dessa jornada, conforme tomamos decisões para priorizar a segurança dos nossos favoritos a qualquer curto. 

Mas sempre resta a dúvida: será que a morte de alguém que você não gosta pode impactar as chances de sobrevivência dos outros? Essa, infelizmente, é uma questão que só será respondida quando o jogo completo for lançado.

A beleza do macabro

Algo que realmente me surpreendeu em The Devil in Me foi a qualidade gráfica. Cada detalhe desse hotel caindo aos pedaços está impecável, dos assoalhos de madeira, até os papeis de parede descascando e as partículas de poeira pairando no ar.

O visual dos personagens também ficou muito realista, com as movimentações faciais apresentando uma melhoria visível em comparação aos outros títulos de The Dark Pictures Anthology.

E ao unir os aprimoramentos estéticos com os momentos com trilha sonora suave ou até mesmo nenhum som além da respiração dos protagonistas, temos uma fórmula muito boa para manter a imersão em um gameplay aterrorizante, culminando em vários sustos e situações que podem despertar um verdadeiro pânico nos jogadores.

Vai valer a pena?

O primeiro ato de The Devil in Me com certeza é bem intrigante. Eu terminei ávida para conferir os próximos capítulos, querendo saber tudo sobre o que eles reservam para a equipe da Lonnit Entertainment, além de mais informações dos pavorosos segredos e histórias ocultas dentro desse hotel mortal.

Os esforços dos desenvolvedores da Supermassive Games para trazerem experiências melhores e mais completas a cada jogo lançado ficam bem claros, com as novas mecânicas e recursos para exploração deixando o gameplay super divertido, e o realismo dos personagens e cenários fechando tudo com chave de ouro.

Eu realmente sinto que o final da primeira temporada de The Dark Pictures Anthology pode se provar uma ótima escolha para quem adora um bom título de terror envolvendo assassinos em série e pontos de Jogos Mortais, porém, teremos que esperar até metade de novembro para descobrir se o resto dessa aventura pavorosa é tão boa quanto seu início.

The Dark Pictures Anthology: The Devil in Me será lançado em 18 de novembro para Xbox One, Xbox Series X e S, PS4, PS5 e PC.

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Fontes

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