Silver Lining é um bom encerramento para uma história que não empolgou

Por Mikhael Narduci

26/12/2018 - 16:002 min de leitura

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A terceira e última parte de The City That Never Sleeps, Silver Lining é tanto o fim dos DLCS criados pela Insomniac quanto o estabelecimento de alguns novos “começos” para o game. Dando indício de que uma sequência para Marvel’s Spider-Man é inevitável, a desenvolvedora consegue tanto encerrar o conflito com o Hammerhead quanto estabelecer cenários para os coadjuvantes do game brilharem no futuro.

Ainda mais breve em sua duração do que Turf Wars, a terceira parte não sofre tanto com isso devido ao fato de que a trama carrega uma “pressa” que não faria sentido prolongar muito o tempo de jogo. Após o Homem-Aranha falhar em parar o vilão principal em sua missão de dominar Nova York, a mercenária Silver Sable surge para ajudá-lo e fazer com que sua tecnologia pare de ser usada como forma de dominação.

Sem a paciência para conversas ou o cuidado que o protagonista tem com os civis, Silver Sable ajuda a trazer a trama a um final satisfatório, criando um bom contraponto ao lado mais brincalhão de Peter. Na prática, eles são mais aliados de conveniência do que companheiros verdadeiros, e é legal ver a dinâmica que a Imsoniac conseguiu estabelecer entre eles, por mais breve que seja a sua duração.

Ritmo de urgência

A presença de Silver Sable (e de um velho companheiro que retorna) é o que ajuda Silver Lining a ser uma experiência muito mais divertida que Turf Wars. Como Hammerhead continua sendo um vilão no máximo mediano, o Homem-Aranha se beneficia muito de contar com a presença de personagens bem-desenvolvidos ao seu lado, algo que aqui também se reflete na inclusão de uma missão secundária em que várias gravações de voz têm que ser localizadas.

Silver Lining

De certa forma, é até estranho pensar que o que me fez querer ver a trama até o final não eram os acontecimentos centrais — que envolvem encontrar o vilão e acabar com seus planos —, se mostraram menos interessantes do que os acontecimentos em segundo plano. Muito disso se deve ao fato de que um dos maiores acertos de Marvel’s Spider-Man é seu desenvolvimento de personagens, então é muito mais legal saber o que está acontecendo com Miles ou com Mary Jane em uma conversa do que enfrentar um inimigo meio sem graça.

Também não ajuda o fato de que, mecanicamente, Silver Lining se atém à boa fórmula do jogo-base e não faz muito além do que já vimos anteriormente. A variedade de inimigos é boa e o desafio é o mais alto já visto até agora no game, mas defeitos do passado — como a esquiva que volta e meia tira você do caminho de inimigo para colocá-lo na mira de outro — permanecem e, em alguns casos, são acentuados — a batalha final é especialmente evidente pelo salto de dificuldade que proporciona.

Para completar, os compradores do DLC também têm à disposição mais desafios, esconderijos e crimes para combater — isso é, se eles aguentarem lidar com ainda mais dessas partes “inchadas”. Em geral, Silver Lining é um fechamento competente para uma trama que nem sempre soube explorar os pontos fortes de Marvel’s Spider-Man, mas acerta mais pelas conexões abertas que deixa para o futuro do que pela história que quer contar.

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Fontes

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