A Insomniac deixou a bola cair com Turf Wars

Por Mikhael Narduci

27/11/2018 - 14:002 min de leitura

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Marvel’s Spider-Man: Turf Wars sofre com os problemas típicos a uma “parte intermediária” de uma história desenvolvida em partes. Ao mesmo tempo em que não tem o mesmo impacto do começo da história, o capítulo não pode desenvolver a história a ponto de dar uma conclusão para ela.

Mesmo ciente dessa característica que já “joga contra” ele, o segundo capítulo dos DLCs programados pela Insomniac sofre tanto pela sua inconsistência quanto pela sua duração curta — e por tentar compensar isso inflando a experiência com elementos que já eram cansativos no jogo principal.

Dizer que o capítulo termina em que The Heist termina seria um exagero: há uma cena rápida que resume o que aconteceu anteriormente, mas o grande acontecimento que fecha o capítulo anterior é basicamente ignorado. Algo que deveria ter grande impacto na vida do protagonista é simplesmente deixado de lado, para se focar em uma trama que mostra o ressurgimento da máfia italiana em Nova York, encabeçada pelo Hammerhead.

Podemos dizer que o foco do DLC sai um pouco do Homem-Aranha para passar para Yuri Watanabe, seu principal contato na força policial que não está sabendo lidar muito bem com a situação. Diante da brutalidade desse novo oponente, ela passa por uma transformação evidente em seu comportamento que deve ter seus frutos mostrados na parte final de The City That Never Sleeps — isso é, se o cliffhanger deixado pelos desenvolvedores não resultar em decepção, como revelou o início deste capítulo.

Turf Wars

Em alguns sentidos, sai de The Heist com a sensação de que o roteiro é meio que um “recomeço” da nova história, em certos sentidos. Talvez esse seja o problema de lidar com um lançamento em capítulos: pequenas subtramas que podiam ser contadas em ritmo melhor em um game mais completo têm que ser apresentadas uma de cada vez, deixando de lado acontecimentos igualmente importantes.

Jogando seguro

Mecanicamente, o DLC não faz muito de novo, mas traz um nível de dificuldade aprimorado logo de cara: desde o início você vai enfrentar grandes grupos de inimigos, muito deles equipados com as armas mais letais de Marvel’s Spider-Man. No entanto, não há nenhuma habilidade nova para compensar essa inclusão, somente a inclusão de um novo tipo de adversário voador.

Turf Wars

Para compensar a curta duração da história, o game também acompanha mais uma rodada de assaltos aleatórios (dos quais me confesso exausto), algumas bases extras e novos desafios de Screwball. Essa última parte traz certa criatividade ao brincar com atividades presentes na aventura principal, incluindo momento de “Photobomb” que multiplicam seus pontos.

Em geral, minha recepção a The Heist foi um tanto agridoce. Ao mesmo tempo em que a base de Marvel’s Spider-Man ainda se sustenta, não vi nada de muito novo em questão de jogabilidade, o que pode cansar um pouco. Além disso, a trama, além de curta, falha em ser atraente e não conecta as pontas soltas deixadas pelo capítulo anterior. Resta esperar que esse seja somente um sintoma do fato dessa parte ser uma “intermediária” para a grande conclusão e não sinal de que a Insomniac vai decepcionar com o conteúdo geral de The City That Never Sleeps.

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